domingo, 22 de janeiro de 2012

Análise - Deus Ex: Human Revolution



Deus Ex – Human Revolution - X360, PS3, PC (analisado)
Square Enix
Eidos Montreal - X360, PS3
Nixxes Software - PC

Deus Ex é uma serie aclamada por muitos, o primeiro jogo foi revolucionário e muito a frente de sua época. Três anos depois uma continuação foi desenvolvida e agora em 2011, Deus Ex – Human Revolution lançou como um prequel do primeiro jogo.

O ano é 2027 e o mundo está mudando com o advento de próteses artificiais (que se chamam augmentações ou augmentations em inglês) onde o usuário, com dinheiro, pode melhorar seu corpo e levar para o próximo nível. Próteses no braço podem dar “super força”, próteses na perna dão mais resistência ao correr e próteses cerebrais podem dar melhor visão e maior percepção. É tão bom que pessoas que não precisam de próteses querem cortar o braço fora e colocar uma coisa melhor no lugar.

É claro que isso trás muita comoção, e assim as pessoas ficam divididas em pró-membros artificiais e anti-membros artificiais acreditando que é antinatural implantar membros artificiais deliberadamente.



O jogador toma o controle de Adam Jensen, o chefe de segurança da empresa Sarif. Sarif Industries é uma das maiores empresas que trabalham com augmentações. Certo dia um grupo de mercenários invadem a empresa e nosso amigo Jensen tem que ir lá para parar eles, ele se da mal e uma das pessoas do grupo o joga contra uma vidraça e quase o mata. Então ele é reconstruído quase do zero totalmente feito de augmentações. Assim Adam tem um arsenal de armas e vantagens que pode usar contra seus inimigos, poderes de ficar invisível, correr mais rápido, e formas mais rápidas de matar. E depois do tempo de recuperação Adam começa a fazer missões para seu chefe investigando a causa do ataque.

O jogabilidade de Deus Ex: Human Revolution é uma mistura de FPS (Tiro de Primeira Pessoa) e TPS (Tiro de Terceira Pessoa). Os elementos de TPS são responsivos e intuitivos, com um simples clique direito Adam fica na parede para estar em cobertura, à parte FPS é básica com seus comandos de qualquer jogo de tiro sendo extremamente fácil de pegar e jogar. Adam tem uma gama de augmentações que podem ser usados, tem em exemplos sociais como uma augmentação que mostram como a pessoa está reagindo, outra faz Jensen invisível durante um período de tempo e outros o fazem ter uma força maior para levantar objetos grandes. Isso dá muitas opções para o jogador fazer o que quiser tendo uma serie de augmentações para hackear, para ser um personagem que ataca diretamente, um personagem com mais dissimulação ou mais pacifico. 

Mas a melhor idéia é usar stealth porque o jogo é extremamente difícil e por mais que Adam seja um homem com “super poderes” o jogo o faz bem humano morrendo com uma ou duas rajadas de tiro. Fãs de Deus Ex ficarão felizes pela sua interface, sendo bem idêntica ao primeiro, mas com muito mais facilidade ao ver e entender o minimapa e o inventário. Além de atirar Adam pode hackear portas de apartamento, computadores, sistemas de segurança e cofres no meio do jogo. O sistema de hack é complicado no começo, mas depois de algumas tentativas eu consegui pegar o jeito.


Ao entrar no sistema o jogador vê um ícone de computador e um caminho para um ou mais pontos, e deste ponto se ramifica para outros. É como se fosse um pequeno jogo de estratégia onde o jogador toma pontos para chegar ao seu destino, a matriz do sistema. A forma de caminhar pelo seu sistema é capturando e fortificando pontos, cada ponto capturando tem uma chance de ser pego, caso for pego a Matriz inimiga irá perseguir o seu ponto principal para pará-lo. Se o sistema ganhar o jogador perde a sua chance de hackear e para conseguir é só conseguindo equipamentos para abrir. Além disso, existem outros pontos que contém informação e itens para melhorar o percurso, o worm Stop interrompe o sistema inimigo por um tempo pequeno e também temos o worm Nuke que captura automaticamente. E também podemos fortificar o ponto anterior onde aumenta o tempo de captura do sistema inimigo.

A terceira jogabilidade é a social, em certas parte o jogador entrará numa “batalha social” onde tem que convencer alguém ou impedir algum problema sem matar o individuo, não são batalhas tão difíceis assim algumas são fáceis de entender o que o inimigo quer e assim subverte-lo. Mas é uma adição divertida e o jogador sente um sentimento de recompensa ao ganhar do cara pela lábia 

Deus Ex: Human Revolution é um jogo com uma narrativa densa e complexa com muito texto e dialogo para entender. Você pode seguir a historia e terminar rápido, mas a idéia inteira do jogo é entrar neste mundo futurista e explorá-lo o máximo possível conhecendo pessoas novas e ouvindo suas idéias e opiniões. É um jogo extremamente imersivo e a Nixxes consegue fazer de uma forma quase perfeita, os diálogos são inteligentes, a dublagem é bem feita, mas uma hora ou outra se nota a voz aparecendo, mas a boca não se mexendo, mas não é nada de agravante e não tira a imersão. Mas nada é perfeito e algumas vozes são simplesmente estúpidas, os personagens primários são bem trabalhados na voz e nos gestos corporais, mas alguns personagens de missões opcionais são mal feitos e parece que o dublador não sabia como agir e decidiu interpretar um personagem qualquer só para colocar que está feito.

Como disse antes, a imersão do jogo é grande, no meio do jogo encontramos uma gama de editoriais de doutores e jornalistas mostrando sua opinião em relação a esta tecnologia polêmica. O mundo esta vivo em volta de você, é facilmente ficar perdido nas grandes cidades e só ficar andando por ai vendo tudo e observando cada parte minuciosamente e entender todos os detalhes.



Os gráficos estão bem para atualidade, não são gráficos faciais assustadores de L.A. Noire, mas estão muito bem e nota-se alta qualidade na conversa e nas expressões faciais. Conseguimos ver tristeza, raiva, emoção nas pessoas que da uma grande imersão nos personagens. Adam Jensen foi criado certo com um estilo futurista nas roupas e na face. Eu tive um problema, que foi na hora das cinemáticas, estranhamente tiveram uma queda no framerate e de vez em quando apareciam quadros que não foram renderizados, mas não me incomodou tanto assim.

No final Deus Ex: Human Revolution é uma continuação perfeita para a série Deus Ex, e não deixará nenhum fã triste e ao mesmo tempo convida novos jogadores para o jogo. Ele falta multi player e tem somente um single player que dá para terminar tudo com umas 20 horas, mas esse é o tipo de jogo que só ficaria pior se tivessem gasto tempo e dinheiro com multi player. E fico feliz que mais jogos assim estão saindo porque multi player só para falar que tem é uma perda de tempo.

Jogabilidade: 9
História: 9.5
Gráficos: 8
Rejogabilidade: 8.5
Total: 9


(Imagens tiradas da internet)

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